quarta-feira, 22 de junho de 2011




Você já ouviu falar de “crente pavão”? Algo assim é possível, porque apelidar é algo muito natural para nós brasileiros. Alguns apelidos são inofensivos, outros não. Alguns captam alguma característica física do tipo, um olhar, o modo de falar, o andar etc. Há apelidos que mais parecem uma forçação; mas a grande maioria tem semelhança com algo na pessoa. É o que julgam do apelidado “Crente Pavão”!

(1) Anda sempre com a postura de “rei”;
(2) É averiguador em tudo e sobre todos;
(3) Acha-se o mais (bonito) entre os que estão a sua volta;
(4) É altivo mais precisamente soberbo;
(5) Mostra-se incapaz de olhar para a feiúra dos seus próprios pés.

Embora se trate de um quadro apenas ilustrativo, sempre há alguém assim perto de nós, não é verdade? São pessoas que costumam ter excessivo prazer por si. Não que isso seja algo ruim, mas, somado a tal atitude, existe a atitude de depreciar com muita facilidade as pessoas que a sua volta.

Em contra partida, encontramos que a Bíblia traz algo semelhante a isso. E, todas as vezes que encontramos paralelos na Bíblia, isso deve despertar em nós, imediato interesse em procurar saber o que Deus tem a nos dizer a respeito. Neste caso, o perigo de ser apelidado e conhecido como “Crente Pavão”.

Texto: Lucas 18.10-14

Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.

Alguns destaques introdutórios e importantes devem ser feitos:
(1) Mesmo se tratando de uma Parábola, Jesus não fala de algo distante;
(2) Ele mostra que o orgulho também penetra o campo da espiritualidade;
(3) Jesus assegura que o orgulho espiritual é danoso às vias de comunhão;
(4) Por se tratar de um pecado, o orgulho tem suas facetas: há o orgulho material; há o orgulho intelectual e o pior deles; o orgulho espiritual.

Distintamente, o orgulho espiritual difere dos demais por ter “casa própria”. Ele reside no íntimo do coração. É gerado internamente, e pode levar a ruína eterna.

A nocividade do Orgulho Espiritual na vida, é que ele é a causa principal das: Discórdias; Facções; Dissensões; no seio religioso.

Quais seriam as prováveis causas que podem gerar o orgulho espiritual na vida de uma pessoa?



A primeira causa é: FALTA DE AUTO-AVALIAÇÃO. (v.10-11)
Não se sabe se estes dois judeus eram conhecidos, amigos, vizinhos ou parentes. O certo é que mesmo indo a caminho do templo, um deles se preparava para o que chamamos “trairar”. Isto é; enaltecer sua imagem depreciando a de quem bem ao seu lado estar. Sem uma demora, pessoas assim logo tomam à frente procurando expor primeiro o que pensam, fazem ou julgam como verdade ou, impróprio aos seus próprios olhos. No caso, o fariseu toma a si próprio, como régua de medição, o que é muito comum.
(v.11) Ele descreve ações que dificilmente naquela cultura, passariam impunes;
• Talvez inconformado por algo que não tinha, é que. Salmo 73.2-16
• Todas as investidas são cruéis e mortais.
(v.12) Tomando um passo mais adiante, por se achar inquestionável, ele declara a sua própria “justiça”. Isaías 64.6
• Jejua duas vezes por semana – o Jejum era um favor pessoal;
• Dizimava de tudo – o Dízimo era uma responsabilidade tanto jurídica como espiritual para todo o judeu. Malaquias 3.8-9

Atitudes que bem parecem com a imponência do pavão.
Incapaz de olhar os pés (sua vida), o fariseu não abre oportunidade para avaliar a natureza de suas palavras. Tão pouco o que as motivavam. Por quê?

A) FIXAÇÃO DE OLHAR INAPROPRIADO.
Salmos 84.10 “Pois um dia nos teus átrios vale mais que mi...”
Quando fixamos olhar de modo inapropriado, tudo muda de sentido.
O parecer de Asafe (v.17 ”até que entrei no santuário”) parece não ter sentido algum para este fariseu. Ele chega, entra e, não muda o sentido nem o fixar do olhar.
• O lugar toma outro sentido (Templo/Tribunal);
• Pessoas têm outro valor (Semelhante/Inimigo);
• A Oferta muda de significado (Gratidão/Indenização);

B) FIXAÇÃO DE PENSAMENTO EQUIVOCADO.
Salmos 42.7 “Um abismo chama outro abismo...”.
Pode-se afirmar que um abismo já existia em sua vida. O abismo da maldade, da presunção, e do tornar coisas sagradas em profanas.
• No momento da adoração, acusações não são cabíveis;
• No momento da adoração, avaliações alheias também não.

Isso ocorre quando o Orgulhoso Espiritual está instalado na pessoa. Ela se nega a fazer uma auto-avaliação dos seus próprios atos.
I Coríntios 11.28 “Examine-se, pois, o homem a si mesmo...”
II Coríntios 13.3-6 “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé..."
O termo “examinar”, traz a idéia de “apurar, atestar” ação comum entre ourives.
I Coríntios 3.12 “Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é...”

Implicações: Para Deus o critério de avaliação humana é inapropriado.
Cuide para que a preocupação com outros, não te impeça de oferecer a sua oferta.

A segunda causa é: FALTA DE SENSIBILIDADE DE SI MESMO.
O orgulhoso espiritual transmite para a pessoa, a falsa idéia de ser inatingível. Isto é; de ver-se incapaz de errar e de contrair falhas. Por conta disto, ela credita estar num grau acima de seus semelhantes, questionando a qualquer um que cruze o seu caminho. Naquele dia, era o publicano que cruzou o caminho do fariseu.
O publicano era a vítima e por assim ser, jamais passaria despercebido.

A) OBSESSÃO EM ENCONTRAR ALGO ERRADO (Vasculha).
Embora não acuse inicialmente o publicano de negligência na falta do jejum e do dizimar, ele impetra algo pior “denuncismo” sem provas.
• Levanta suspeita;
• Insinua de modo moral (morte em vida).
Na insinuação, mesmo que seja por falta de prova, a pessoa já está sob condenação.

B) NECESSIDADE EM ENCONTRAR ALGUÉM ERRADO.
Ele diz achar o que não é; impedindo-o de ouvir o que ele pode ser!
Não achando ser suficiente, o levantar da suspeita, APONTA um culpado.
• Todos SÃO: hipócritas, imaturos, descompromissados e incapazes.

Provérbios 28.26 “O que confia no seu próprio coração é insensato.”
Romanos 7.23 “Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado...”.
Jeremias 17.9 “Enganoso é o coração, mais do que...”.

Implicação: O Orgulhoso Espiritual tem prazer em expor pecados alheios, por não parar e se envergonhar dos seus. O grande perigo por traz daquele que impetra condenação aos outros, é descobrir que carrega sobre si uma mais pesada ainda.

A última causa é: ACOMODAÇÃO E FALTA DO DESEJO DE CRESCER.
A falta do desejo de crescer evidencia-se no modo como se ORA.
É surpreendente que Jesus não menciona a falta de oração. E sim, o uso indevido!

A) ORAÇÕES DE DISCURSO FECHADO.
Na PSICOLOGIA, uma das técnicas utilizadas para desviar a culpa do paciente é: CULPANDO – O que denominam de Projeção da Imagem.
• Em orações assim o falar de Deus é nulo para a pessoa;
• Em orações assim o ouvir e o receber se mostram cauterizados.
“orava de si, para si”

B) ORAÇÕES SEM CONFISSÃO DE PECADOS.
O Orgulhoso espiritual impede a pessoa de declara-se um pecador.
• Incapacita-o de receber conselhos.
• Impede-o de ver-se como alvo da mensagem de Deus.
• Impossibilita-o de reconhecer que precisa mudar e abandonar o erro.

Implicação: Sem uma abertura no falar, até o ato de pensar é proibido.
É preferível chegar de mãos vazias diante de Deus e sair de mãos cheias, do que chegar de mãos cheias e sair de mãos vazias.

CONCLUSÃO: Como são profundas as palavras de Deus! Por traz delas, observamos que o grande prejuízo sobre o que carrega a imagem de ser um ORGULHO ESPIRITUAL, é o de ser o mais vazio de todos. Um típico crente pavão.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Jesus, firme fundamento para a esperança.




Costuma-se dizer, que existem pelo menos dois elementos comuns e responsáveis pela desesperança dos homens; a esperança em excesso, que o põe numa esperar além da realidade e do que precisa; e a própria falta ao mínimo que tanto espera.

Ilustramos esse quadro, com milhares de pessoas que ainda madrugada, trocam seu precioso sono, pela difícil disputa de fichas nas portas dos Postos de Saúde, em peregrinação a uma consulta médica. Ao recebê-la, os corações se enchem de irradiante esperança e calma! Para poucas horas depois, como de costume é, serem informadas que por algum motivo banal, não serão mais atendidas. O esvaziamento da esperança contida nos corações é imediato! Deixando novamente um vazio, agora mesclado de decepção e dor.
Dessa forma, passamos a ver que o problema em torno da esperança, nem tanto é se ela existe; haja vista que ninguém vive sem ter uma esperança; mas no que ela está sendo firmada, no que comumente a empregamos.

Considere o que diz o apóstolo Paulo: Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. I Coríntios 15.19

Firmando como base, a pessoa do Senhor Jesus, como firme fundamento de nossa esperança, destacamos algumas razões que a Palavra de Deus, oferece no sentido que em Cristo, nenhuma esperança será frustrada.

I João 2.27-29

Boa parte das frustrações que temos na vida, se dá por aquilo que decidimos acreditar. Nem tudo que se acredita e deposita parte dos esforços, constitui como sendo algo verdadeiro. Ao escrever às igrejas da Ásia Menor, João alerta seus leitores a tomarem muito cuidado no que estavam ouvindo e de quem ouviam; pois, muitos falsos cristos estavam rodeando a Igreja. Não por menos, o Gnosticismo se infiltrava muito rapidamente, nas conversas e debates daquela sociedade. O objetivo tanto dos falsos cristos, como do gnosticismo era um só; remover a esperança que ora tinham os crentes, depositado em Jesus Cristo.

Como estabelecer a nossa esperança em Jesus, como firme fundamento?

Em primeiro lugar: LEMBRE DA UNÇÃO RECEBIDA. “a unção que dele recebeste”. (v.27)

Ao invés de estabelecer qualquer linha ideológica, filosófica e até mesmo espiritualista como o gnosticismo apregoava, João apresenta como prova, um aditivo que só o crente possuía, esse aditivo era a pessoa do Espírito Santo.

A) UNÇÃO INVARIÁVEL (Porto Seguro).
Mas o que nos confirma convosco em Cristo e o que nos ungiu é Deus, o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações. II Coríntios 1.21-22

Toda a nossa garantia, tanto a de promessa como a de cumprimento é dada por Deus!
É invariável, porque concede ao crente o discernimento necessário para tomar decisão entre a verdade e a mentira.

É invariável porque o Espírito Santo é Deus. Atos 5.3-4

B) UNÇÃO DISCIPULADORA. (Pedagogo)
Em substituição a Lei, que servia para nós como Aio para levar-nos a Cristo, uma vez encontrando-o e aceitando-o, temos agora o constante auxílio do Espírito Santo, ensinando passo a passo, as coisas concernentes a Deus e a Sua vontade.

E não ensinará alguém mais a seu próximo, nem alguém, a seu irmão, dizendo: Conhecei ao SENHOR; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior, diz o SENHOR; porque perdoarei a sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados. Jeremias 31.34

Porque na mesma hora vos ensinará o Espírito Santo o que vos convenha falar. Lucas 12.12

Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. João 14.26

C) UNÇÃO QUE SARA.(Balsamo)
Ao usar o termo “unção”, João discorre, nos muitos benefícios que o Espírito Santo, exerce sobre o crente. Entre eles, o de sarar, tornar puro. Os judeus sabiam bem disso, pois lhes era algo bastante claro. A unção [como preparo], equivale aos remédios de manipulação de hoje. Contendo ervas aromáticas e medicinais, o resultado sobre o que era ungido era imediato! Um alívio abençoador, acompanhado por um frescor que ia até a alma aflita e angustiosa. Pois, Deus agia sobrenatural e soberanamente para trná-lo único!

A presença do Espírito Santo em nós é abençoadora, porque nos dá grande esperança.

É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Salmos 133.2

Recorrer ao Espírito Santo pela oração, nos momentos de angústia e tristezas, resultará em ser por Ele assistido.

Alternativas podem surgir no sentido de suprir necessidades físicas e emocionais, mas espirituais e morais, só com o Espírito de Deus.

Jesus, firme fundamento é, porque nos deu sua unção.

Em segundo lugar: LEMBRE DO RESGATE QUE OFERECE (v.28 “Filhinhos, agora, pois, permanecei nele...”)
A todo o instante encontramos pessoas tentando nos convencer de algo que julgam ser necessário para nós. Certamente que não podemos rejeitar a tudo, nem a todos!
Todavia, nos quesitos de fé e salvação, bem pouco merece atenção; isso também se aplica a prováveis pessoas a nossa volta.

Somado ao que creio já ser a direção do Espírito Santo, avalie quem merece receber a tua esperança pelo que em seu favor fez. As palavras podem soar doces, mas a intenção esta é a que vale!

Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Romanos 5.7-8

Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece. João 15.19

Em meio ao sofrimento alheio, nada tem se mostrado tão eficaz, do que a experiência de já tê-lo vivenciado como parte da vida.

(v.28 “Permanecei nele...”) Por quê?

Certamente, pelo que em sua vida providenciou resgate por nós.

A) RESGATOU A NOSSA DOR E O NOSSO SORIMENTO.
Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Hebreus 2.17

Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Hebreus 4.15

B) RESGATOU A SOLIDÃO MANTENDO-SE FIEL.
Toda prova de fidelidade, se dá na pessoa ter de passar pelo que não lhe seja necessário. Jesus não precisava passar em nosso lugar pelo que passou. Isto fez, por amor e por ser fiel. Também assim fez, para nos dizer que em nenhum outro momento, iria nos abandonar.

Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Hebreus 13.5

Não pode ser sensato o abandono de quem nunca nos abandonou. Permanecer com Cristo é depositar nossa esperança naquele que entre outras coisas se manterá fiel.

Jesus firme fundamento é, porque providenciou resgate para o pior em nossa vida.

Em último lugar: LEMBRE DO QUE PROPICIA. (v.29 “Se sabeis que ele é justo, reconhecei...)

Uma verdade que jamais pode ser esquecida. Somos em Cristo Jesus, nova criatura! Não estamos mais sujeitos a agir por conta própria, tão pouco para a nossa própria ruína. Como era a Lei de Talião “olho por olho, dente por dente”, antigo Código de Hamurabi.

A) VIVA CONFORME A SUA JUSTIÇA.
Ao invés de impetrar justiça própria, ao invés de revidar a medida do mal que injustamente recebeu, lembre-se que agora; você vive através da justiça de Jesus. Lembre que o nosso senso de justiça de nada vale perante ele. Isaías 64.6; Tiago 1.19-20

Quando praticamos a justiça outorgada por Jesus, podemos ter esperança.

B) ESPERE POR SUA JUSTIÇA.
Após ter assegurado a volta de Jesus, João chega enfim no momento de desafiar os crentes a permanecerem firmes!
Chegará em breve o dia em que o Senhor trará a luz, todas as coisas. Ele tem reunido cada coisa, para esse momento.

Tu estás perto, SENHOR, e todos os teus mandamentos são verdade. Quanto às tuas prescrições, há muito sei que as estabeleceste para sempre. Atenta para a minha aflição e livra-me, pois não me esqueço da tua lei. Defende a minha causa e liberta-me; vivifica-me, segundo a tua promessa. A salvação está longe dos ímpios, pois não procuram os teus decretos. Muitas, SENHOR, são as tuas misericórdias; vivifica-me, segundo os teus juízos. Salmo 119.151-156

Chegamos ao fim deste sermão, tendo uma certeza. Conforme vemos, o conceito de esperança deve perdurar por toda a vida; bem mais que a momentos apenas. Deve ser algo que propicia um caráter firme e que se fortalece a cada experiência da vida. Não pode favorecer o medo ou o engano. A verdadeira esperança não é efêmera. Não pode morrer por pouco, mas, sustenta na própria morte se necessário for. A esperança verdadeira, só pode ser desenvolvida se primeiramente, encontrada em Jesus Cristo.

terça-feira, 7 de junho de 2011

O Melhor de uma Luta!


Uma revista francesa publicou o rankin dos dez esportistas mais bem pagos da atualidade. Dos dez, quatro deles tem o mesmo esporte como profissão. Você saberia dizer qual esporte seria este? Os quatro esportistas mais bem pagos da atualidade são lutadores.
Há bem poucos dias, a cinematografia brasileira premiou os melhores filmes de 2010; e o filme escolhido para receber o prêmio foi o campeão de bilheteria! Exatos 11.002.441 pessoas, assistiram nas primeiras semanas a apresentação do filme Tropa de Elite2.
É inegável que estes dois dados apresentam a violência como bem aceita pelas massas sociais. O que antes era tido como ato de vilão, agora é tido como ato de mocinho.
Pergunto: Seria o lutar algo tão vantajoso assim? Será que todas as vezes que lutamos, ganhamos? O lutar é regra de Deus para as nossas vidas?
Creio ser oportuno em momentos de crise, ou de mudança de hábitos e pensamentos, nos voltarmos para o que é regra para todos os tempos, o que na Palavra de Deus, encontramos como resposta a tais indagações.

Texto: Daniel 10

Idéia: O melhor de uma luta, é a certeza se devemos fazer ou não parte dela, e isso, com a direção de Deus.

No contexto, o profeta Daniel é escolhido por Deus para conhecer dados até então, restritos somente ao próprio Deus. São dados confidenciais próprios ao futuro como ao povo judeu.
O período da revelação é o da Grande Tribulação, e o teor é Apocalíptico, livro de Apocalipse de autoria do apóstolo João. Tratando-se desse contexto, é certo que o período é caracterizado por duras lutas. Lutas envolvendo todos os aspectos o esferas da vida humana, física, emocional e a espiritual, principal de todas.
Daí, podemos obter algumas verdades dessa revelação que fala de lutas, e tirar alguns princípios que a Palavra de Deus nos oferece como próprios ao nosso viver.

O primeiro princípio é O QUE NUMA LUTA É VERDADEIRO. (v.1 “a palavra é verdadeira e fala de um tempo prolongado”)
Amados, nem toda luta revela o que de fato ela é!
É comum após certo período de luta, descobrir que os ideais, já não são os mesmos do início. Que já não se justifica a permanência ou risco a correr.
Podemos saber de uma coisa! Só Deus, é quem pode revelar com precisão e veracidade o que está por traz de uma luta. A palavra de Deus, portanto é esclarecedora em questão específica. E tudo que Deus revelar saiba, é a VERDADE.

II Coríntios 13.8 Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade.

CONCORRER COM TUDO A NOSSA VIDA.
Já observou que nenhuma proposta de luta vem desprovida de “valor” ou “ameaça”? Sim, todas as vezes que uma luta bate a nossa porta, sugere que de alguma forma obteremos algo a mais na vida. Quando não traz essa idéia, oferece a ameaça de perca como proposta irrecusável.
Isso ocorre, porque toda luta vem imbuída da concorrência. Verdade, é, ninguém luta sem um valor em questão! Quer seja um bem, uma pessoa ou causa específica. Tudo têm o seu preço, e por isso é que lutamos.

CONSUMIR AS NOSSAS FORÇAS. (vv.2,8)
É assustador como às lutas nos consomem! Em reportagem na semana passada, um programa apresentou a força que a “anaconda brasileira” emprega sobre suas presas. Ao tomar uma ave como sua presa, ela empreendeu um acocho de 01:00hs ininterrupta. Se comparado a força que um homem que só pode empregar 0:15min, a anaconda seria vencedora.
Já no etxto bíblico, Daniel é consumido por lágrimas e dor. Dias a finco foram empregados naquele sofrimento. O resultado é obtido por suas próprias palavras. (v.8 “... e não restou força em mim...”) Obs.: Daniel era apenas um expectador!

II Samuel 14.31 Feriram, porém, aquele dia aos filisteus, desde Micmás até Aijalom; e o povo (ficou exausto) desfaleceu em extremo.

ELAS CAUSAM GRANDE TRISTEZA. (v.3)
Na simplicidade da vida humana, um dos melhores e mais accessíveis prazeres que compartilhamos é o ato de comer e beber bem. Sem dúvida, são coisas de “encher a nossa boca”, não é verdade?
Todavia, o ato de lutar rouba esse nosso prazer. Em alguns casos, a demora numa luta causa grande inanição a pessoa, que se abate, enfraquece e em casos mais extremos até perde sua vida.
Não é por menos, pois quando lutamos, costumamos empregar todas as nossas forças; físicas, emocionais e espirituais também.

Lucas 22.44 E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.


Implicações: Numa luta não é atingido somente àquele que nela está.
O ato de lutar não pode ser visto como sinônimo que tudo vai bem.
Não é comum sorri quando está lutando.

O segundo princípio é O POSICIONAMENTO DE UMA LUTA. (vv.12-13)
São importantes os dados apresentados aqui. Eles devem chamar a nossa atenção para o TEMPO e o LUGAR em que as lutas ora reveladas a Daniel se dariam.

Creio que toda luta tem três (03) características próprias:
(1) De ser situacional: Envolvendo pessoas, bens;
(2) De ser posicional: Envolvendo um ou vários territórios;
(3) De ser temporal: Envolvendo um determinado tempo.

Deus não quer que lutas sejam eternizadas em nossas vidas!

ELAS MARCAM POSIÇÃO.
Na luta revelada a Daniel, um ser angelical assegura que foi enviado da parte de Deus para consolá-lo. Todavia, o Príncipe do reino da Pérsia, um ser também sobrenatural, o impediu de chegar.
O que por certo podemos dizer é que toda luta tem seu início no campo da espiritualidade, estendendo-se aos campos emocionais e físicos.
O objetivo é um só: destruindo o espiritual, o emocional e físico também serão.

ELAS CONFIRMAM CONQUISTAS.
Sem dúvida que a natureza daquela luta era entre dois pólos, Deus e o Maligno.
Mas àquela luta era de um só vencedor, Deus.
Satanás, sempre procurará estabelecer através das lutas, novos campos para a sua atuação na vida do homem. Este, sempre foi o alvo para com o povo de Deus!
É muito comum, que nas lutas o povo de Deus esteja no centro.
Devemos ter muito cuidado para que as nossas lutas, não se travem no campo da deslealdade, contra o nosso próprio povo, isto é, contra o povo de Deus. Satanás tem obtido vitórias em lutas dessa natureza.

ELAS DEVEM OFERECER PRECIOSAS LIÇÕES. (v.11,19)
É certamente um grande alento quando procuramos o resultado final da luta revelada por Deus ao profeta Daniel.
As lições apresentadas aqui são variadas e preciosas.
Podemos destacar que o valor dessa luta, é que Deus concedera a Daniel, a certeza que era uma luta de Deus. Deus a executaria, os resultados eram garantidos, o povo seria vencedor! Daniel seria vencedor!
Destaca-se também, este grande ensinamento: Deus só luta em prol daquilo que AMA! Seu nome, Seu povo, a Verdade.
Bem poderíamos pensar, se o que é objeto das lutas que empregamos, trazem as mesmas motivações de Deus. Devemos sim, lutar! Por aquilo que seja objeto para o nosso amor.
Não devemos lutar! Por coisas as quais o nosso amor não deva estar presente: o mundo, dinheiro, pecado, mentira etc...

Pergunto: Pelo que lutamos? Pelo que deveríamos LUTAR?

Implicações: Lutar para perder não parece ser coisa sensata a fazer.
Lutar por aquilo que Deus declarou como perca ou impróprio a vida, certamente nos põe na posição de lutar contra Deus.
As nossas lutas devem no final, engrandecer o nome de Deus.

Conclusão: Algo que não pode passar despercebido. Daniel soube em meio aquela luta, o quanto era amado por Deus. Um amor que o pouparia de se fazer presente, de ser derrotado ainda que representado por outros dentre seu povo. Um amor que lhe dava a condição de ser mais que um vencedor. Romanos 8.27

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Igreja que usa bem o poder que possui, ora!






Pode até não ser algo declarado, mas pelo menos é consenso pensar que a forma como muitos definem o conceito de poder restringe-se a um desses três fatores: Um bom patrimônio físico ou financeiro, condição social; poder de influência na forma persuasão. Não ignoramos o fato que cada um desses fatores, carrega o seu poder de ação. E até digo que são fatores concedidos e usados por Deus.
Como deve ter percebido, citamos fatores que dependem da ação e responsabilidade humana. Mas, seriam apenas estes, os fatores que definem o que conhecemos como de poder?

Quando lemos um pouco da história da igreja, logo se percebe que esses mesmos fatores há bastante tempo, são considerados de grande importância. Sua relevância, portanto, não se dá só no âmbito secular da vida apenas, mas no religioso também. Basta lembrar que por séculos a finco, a igreja medieval se ostentou como uma “igreja de poder” com base nesses três fatores ora citados, patrimônio físico e financeiro, condição social e poder de influência. Não seria estranho que em nossos dias, encontrássemos igrejas ostentando-se nesses mesmos três pilares do passado.

Pergunto então: seriam esses os únicos fatores, já que como consenso são os que surgem,? O que caracteriza uma igreja de poder?

A resposta está na própria história da igreja. Quando esta passou a avaliar a sua esfera de poder com base nesses três fatores, não só fez uma escolha equivocada, como excluiu o que de mais poderoso tinha, o poder da oração.

O poder da igreja está no vínculo que ela mantém com o Senhor Jesus Cristo, através da oração.


Pergunto novamente: Como está o vínculo que a nossa igreja tem com Cristo? Como está o nível de poder que pensamos ter?

Em Atos 12.1-5 encontramos o seguinte:
Por aquele tempo, mandou o rei Herodes prender alguns da igreja para os maltratar, fazendo passar a fio de espada a Tiago, irmão de João. Vendo ser isto agradável aos judeus, prosseguiu, prendendo também a Pedro. E eram os dias dos pães asmos. Tendo-o feito prender, lançou-o no cárcere, entregando-o a quatro escoltas de quatro soldados cada uma, para o guardarem, tencionando apresentá-lo ao povo depois da Páscoa. Pedro, pois, estava guardado no cárcere; mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele.

No contexto da passagem, encontramos a descrição de tempos difíceis. A igreja era assolada como em poucos momentos da história. Como se não bastasse a perseguição por parte dos judeus, os cristãos agora são considerados inimigos do estado, do Império Romano. A mudança na vida dos cristãos primitivos tinha de ser radical! Pois, desde, que Saulo que saíra em perseguição aos do caminho, as notícias corriam que ele sumira, e as coisas só pioravam com isso. Jerusalém não representava um lugar seguro, os cristãos agora dispersos, tinham que procurar outro lugar como sede para a igreja, e Antioquia, surge no como novo contexto para a igreja.
Herodes, no desejo de satisfazer a classe religiosa judaica, passa a fio de espada a Tiago, irmão de João e põe em cárcere a Pedro, muito provavelmente para dar o mesmo destino de Tiago. Só não fez, porque àqueles dias eram os dias de Páscoa. Em breve resumo, há um considerável acúmulo de problemas sobrevindo à igreja.

Em tais condições, nenhum dos três fatores citados acima como de poder, a igreja tinha. Não tinha patrimônio nem físico tão pouco financeiro, não tinha boa condição social, pois a “reputação” da igreja não era vista com bons olhos, embora fosse; tão pouco tinha influência, já que foram negadas todas as possibilidades de defesa.

Para muitos a falência da igreja era coisa certa! Era só uma questão de tempo e paciência.

Como então a igreja reagiu e respondeu a todas estas coisas?

A resposta que a igreja deu foi surpreendentemente poderosa, para todas as ameaças e ataques a sua demonstração de poder foi se pondo na presença de Deus em ORAÇÃO. (v.5b “mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele”.)


A oração é um sinônimo poder para a igreja, porque através desse poderoso recurso, ela DECLARA A SUA NECESSIDADE DE DEUS.
O que a igreja em si, podia fazer em face do império romano? O que a igreja em si, tinha a oferecer em troca como fiança? O que a igreja em si, podia alegrar em sua defesa? Nada, a não ser orar; e isso ela fez!
Quando a igreja se reúne em oração, ela está abrindo portas para que Deus a fale. Isso foi o que de imediato aconteceu a Pedro, agora em cárcere e com quatro escoltas de quatro soldados e a própria igreja reunida em oração.
As implicações aqui podem ser diversas, mas citamos apenas algumas:
Na impossibilidade de declarar sua defesa aos homens, a saída é orar; na falta de espaço para agir diante dos mesmos, o caminho é orar; quando as tristezas lhe sobrevierem por falta de respostas, busque a oração.
Veja o que diz Neemias 1.2-4. As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza, que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam e que restaram do cativeiro e acerca de Jerusalém. E disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém, fendido, e as suas portas, queimadas a fogo. E sucedeu que, ouvindo eu essas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus.


A oração é um sinônimo de poder para a igreja, porque através desse poderoso recurso, elaDECLARA A SUA NECESSIDADE DE UNIÃO.
Isso contraria o que muitas vezes fazemos em face dos problemas que afetam nossas igrejas. Muitos decidem por não mais estarem juntos, perseverando e orando. Nada de errado de prurar um refúgio se necessário for! Lembre-se que a igreja estava refugiada, mas unida, perseverante e orando a Deus.
Na vida, quando sentimos a necessidade de algo, logo aplicamos em nossa vida alguns passos que nos ajudarão a suprir tal necessidade. Os passos são: conscientização (ato de reconhecer a necessidade); programação (ação para alcançar a necessidade); esforço ou sacrifício (investimento para sanar a necessidade).

É certo! Havendo seriedade e persistência de nossa parte nesses três passos, muito dificilmente qualquer necessidade ou problema persistirá por mais tempo.
Sempre que penso em união em torno de um propósito comum, lembro-me do esforço dos moradores da terra para construírem a Torre de Babel. Certamente que foi uma união com objetivos errados, mas o método empregado não foi, pois foi um método de grande poder de realização também. Veja! Gênesis 11.6 “e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.”


A oração é um sinônimo de poder para a igreja, porque através desse recurso, ela DECLARA A SUA NECESSIDADE DE OBTER VITÓRIAS.
Considere que a maior proposta da vida cristã é sintetizada pelo termo VITÓRIA! Em todas as áreas e esferas da vida humana. A própria RESSURREIÇÃO de nosso Senhor Jesus, representa a vitória em última instância, sobre o maior de todos os nossos medos que o homem tem; a MORTE. Romanos 8.37 Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.


O fim não poderia ser diferente! Diante daquela demonstração de que carecia do auxílio de Deus, a igreja que orava não ficou sem respostas. Pedro é retirado do cárcere por um anjo envidado da parte do Senhor e, já estando fora, sua reação foi: Atos 12.12 “Considerando ele a sua situação, resolveu ir à casa de Maria, mãe de João, cognominado Marcos, onde muitas pessoas estavam congregadas e oravam.
Não há dúvida que todo um evento histórico, sofre grande influência por parte de um grupo, chamado igreja, que em seu momento de perseguição e dor, decidiu colocar em ação o que tinha de mais poderoso, a oração. Fica então a lição que, igreja que tem poder, usa através da oração.
Pr. Sérgio Gledson

segunda-feira, 23 de maio de 2011

ADVERSIDADE, período que Deus permite que recebamos ajuda.


Certo garotinho brincava no quintal de sua casa, quando inventou de remover uma enorme pedra, bem maior às suas próprias forças. Empurrou-a com as mãos, com os pés, com as mãos e os pés, com o corpo, costas, e a pedra simplesmente não se movia. De longe, seu pai que a observava disse: “Você ainda não usou todos os recursos, filho”. “Usei, sim, papai”, respondeu o pequeno já quase chorando. “Não você ainda não pediu a minha ajuda”.
O que parece engraçado, bem representa o modo como algumas vezes agimos na vida e diante dos obstáculos que surgem. Empenhamos uma força descomunal e brutal, empregamos nossas emoções e ainda assim, não conseguimos removê-las. O que então está faltando ou deixamos de fazer? Talvez, apenas não deixamos espaço para receber ajuda.
ADVERSIDADE, período em que temos para receber ajuda.
Algo que podemos ter como certo a quase toda adversidade é que sempre surgem de onde menos esperamos; revelando-se superiores as nossas forças ou capacidade.
Mas, nem tudo é de todo um mal. Através das adversidades, podemos conhecer algo novo acerca de nós; é possível conhecer algo da própria adversidade; conhecer mais acerca de Deus e, conhecer entre os que conhecemos novos amigos.
Samuel Tylor, certa vez disse: amigos são como árvores! Tanto na chuva como no sol, nos abrigarmos neles. Algo que certamente, o rei Davi experimentou em uma de suas maiores adversidades de vida.
No que acredito ter sido o mais duro dos “golpes” já sofridos pelo rei Davi, em que em levante de ordem familiar e militar, seu próprio filho, Absalão, tenta não só destroná-lo, como tirar sua própria vida. II Samuel 15.1-6 Deus tinha nas mãos o inacreditável, algo que Absalão nem o próprio rei Davi podiam esperar. Dava-se de uma maravilhosa revelação que mudaria as próximas horas, dias e o próprio futuro de ambos. Nada menos que homens fiéis e tementes a Deus, homens dispostos, a servir e a darem se necessário fosse, a própria vida. Por tais homens, Deus revelaria o que em Sua Palavra é exposto como alvo para todos os seus servos.
Note na expressão “depois disto” algo bem mais comum para nós, do que foi para o próprio Davi. O surgimento de sucessivas derrotas e acúmulo de problemas. A provável sensação que Davi sentira neste momento de sua vida, seja a que bem conhecemos, a que tudo escolheu vir de uma vez só, de um só tempo.

Mas a reação tomada por Davi difere certamente a de muitos de nós. Que ao invés de um revide, uma revanche ou lição, ele decide por não PROCURAR O CONFRONTO DIRETO.
Davi soube distinguir bem pessoas de situações. Em que nem todo mundo é igual, nem toda circunstância a mesma. Saber diferenciar o que dizemos ser o óbvio, nem sempre é fácil. Principalmente quando em meio às adversidades. A razão se dá porque as ADVERSIDADES tendem a fazer com que PERCAMOS O QUE É MAIS IMPORTANTE. (vv.13-14)
Não entenda a atitude de Davi como ato de covardia, não! Ele continuava sendo o mesmo Davi, só que agora, refletindo com mais serenidade. Não sair representaria perdas ainda maiores.
Outra razão é que as ADVERSIDADES tendem a fazer com que não nos PROGRAMEMOS PARA O DIA DE UM AMANHÃ.
A atitude de Davi foi por provisão ao dia de amanhã. Ele contava com as misericórdias de Deus, sobre si e sobre os seus. Algo esquecido por Absalão.
Por fim, que digo ser o pior de tudo, é que as ADVERSIDADES tendem a fazer com que ESQUEÇEMOS DE DEUS.
Teria Deus abandonado a Davi? Não estaria vendo tudo quanto seu servo passara? Não teria nada a dizer?
É sempre um grave e doloroso erro de nossa parte, traduzir o momentâneo silêncio de Deus como abandono. O Senhor é um justo legislador, tendo sempre a ultima palavra consigo. Deus não pode ser submergido pelas adversidades da vida nem tão pouco as que criamos.

Mas a reação de Davi foi fundamental para que o tempo fornecesse a oportunidade de ver pelas graciosas mãos do Senhor QUEM ERAM OS SERVOS DE DEUS E COMO SE MOSTRARIAM. (v.15) “Então, os servos do rei disseram ao rei: Eis aqui os teus servos, para tudo quanto determinar o rei, nosso senhor.”
Devemos entender estes servos, bem mais que propriamente servos do rei Davi não de Absalão. À primeira vista, até que assim parece. Todavia, não esqueçamos eram servos concedidos por Deus e tinham a sua devoção primária a Deus. .

Davi teria a revelação do MODO como os AMIGOS se apresentam. Provérbios 17.17 “Em todo o tempo ama o amigo; e na angústia nasce o irmão”. Salmos 32.7 “Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento.”
Eram amigos de confiança. (v.18)
E todos os seus servos iam a seu lado, como também todos os quereteus e todos os peleteus; e todos os geteus, seiscentos homens que vieram de Gate a pé, caminhavam diante do rei. RC
Todos os seus homens passaram ao pé dele; também toda a guarda real e todos os geteus, seiscentos homens que o seguiram de Gate, passaram adiante do rei. RA

Para concluirmos, temos alguns nomes que fizeram de um momento de ADVERSIDADE, a oportunidade de revelar a abençoadora ação de Deus sobre os seus quando em momentos de crise nos dá grandes amigos.
Itai, era recém chegado, mas de uma fidelidade madura como que de muitos anos. (v19). Itai é um amigo crente. (v21); Zadoque e Abiatar mostram-se como amigos que cuidam dos nossos bens, o que para nós é valioso também. (vv.25-27)
Husai, um amigo mais chegado. (v.37) Um amigo de dor e de alma. (vv.30-32)
Sobi, Maquie e Barzilai. Estes três revelam que na impossibilidade de agir sozinho, com poucas forças e recursos, o segredo é somar a outros assim como nós. Eles juntos, puderam socorrer a medida da necessidade. Homens de histórias interessantes! Sobi teve seu povo outrora dizimado por Davi. Ele é o tipo pessoa que mostra que um amigo não guarda ressentimentos. Maquir, o filho de Ló-Dabar, foi quem hospedou a pedido de Davi, o da casa de Saul, Mefibozete. Já Barzilai, este bem poderia justificar na sua avançada idade, a desculpa de não entrar naquela empreitada. Ele tinha por cerca de 80 anos de idade. Mas, aqui encontramos a certeza que a boa amizade, quanto mais experiente e madura, melhor será.
Certamente falta tempo para destacar o general Joabe. Amigo de ombro e de espada, um amigo para as horas difíceis. (19.1-2) Joabe serve de exemplo que ser amigo é saber falar ao coração.
Certamente que estes homens tinham suas falhas, suas imperfeições e diferenças também. Mas, o que desejamos destacar é que no momento de ADVERSIDADE, eles souberam assumir o lugar do próximo, deixando assim Deus usá-los como bem queria.
O Senhor reservou em cada amigo de Davi, meios de Davi se sentir guiado por Deus. Lembrado que eram homens primeiramente fiéis a Deus e verdadeiros exemplos para nós.
Estes homens souberam sair do anonimato e da adversidade, porque é dessa forma que surgem os verdadeiros amigos. Davi também soube valorizá-los e usá-los de modo a que juntos, dependessem de Deus.
Quero que juntos pensemos no mais provável. E se diante de todo esse investimento e empenho, Davi simplesmente não se mostrasse aberto a receber ajuda? Que fim você imagina que teria? Certamente o fim que Deus nos reservou contava com a aceitação por parte de Davi, a mesma aceitação que devemos ter para com Deus. Permitamos que Ele nos dirija em triunfo. Permita que em meio a adversidade, você receba ajuda.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Bem mais que um desafio, um ideal.




É sem dúvida algo muito proveitoso, quando conseguimos tirar de cada situação lições para a nossa vida. Bem mais proveitoso é quando as lições são a certeza do que Deus está querendo tocar em nosso coração, chamando assim, a nossa atenção para Ele.
A tônica da vida é que nada deve ser visto por acaso e muito menos como sem valor. Em carta, aos Romanos 8.28, o apóstolo Paulo nos anima quanto a esta importante verdade. Sim, todas as coisas devem de alguma forma contribuir e acrescentar ao que ora conhecemos como experiências da vida.
Meditando sobre os desafios do ministério, que nem sempre são fáceis e compreensíveis, dada a nossa própria limitação, pude avaliar como o Senhor nos surpreende de modo singular e pessoal quando ao surgimento de algumas destemperanças de ordem situacional.
A verdade é que não podemos impedi-las, nem do Senhor nos ensinar algo novo por meio delas. Não podemos nos dar ao “luxo” e deixar de aprender algo a mais. Não podemos desprezar que o Senhor age onde menos esperamos. Isso foi o que ocorreu na vida de um grande servo seu, o rei Davi.
No livro de II Samuel 18.3-4, encontramos uma declaração daquelas bem especiais; reservada especificamente pelo Senhor para um momento doloroso e difícil no qual o rei Davi passava. Em fuga, da ira de seu filho Absalão, ele se vê com a árdua tarefa de ter que dividir os que estavam com ele e encaminhá-los a lutar contra seu próprio povo que vinha ao seu encalço. Um confronto que acredito ninguém almeje ter de enfrentar. Mas, o Senhor estava do seu lado, confortando-o e animando-o para aquele momento.
Posso Imaginar que inúmeros pensamentos, vieram à cabeça de Davi. Bem provável que até; de que ele Davi, não tivesse mais tanta importância, que à sua hora e vez, já tivesse passado. Certamente que em meio a tantos pensamentos assim, os sentimentos também estivessem confusos e aumentando ainda mais a dor daquela dura decisão. O melhor seria pensar que não mais tivesse tanto valor e que a morte fosse até como providência àquela situação.
Como é bom saber que Deus nos surpreende! Como é valioso descobrir que nem sempre os nossos pensamentos são conclusivos. Como é maravilhoso, saber o que o Senhor pensa a nosso respeito. Isso ele manifesta através das circunstâncias como das pessoas a nossa volta.
Os versos (vv.3-4) são como balsamo sobre a cabeça e o coração de Davi. Através desse balsamo, o Senhor contemplava tanto a mente como o coração, centro da razão e das emoções. Era o balsamo que faltava para que Davi enfrentasse àquela situação com plena dependência e fé. O balsamo necessário para entender que a nossa utilidade está em sermos usados por Deus em prol do povo que Deus escolheu para si.
Nestes dois versos, encontramos bem mais que um desafio ministerial que o Senhor nos confia. Temos um ideal a ser alcançado dia a dia e a cada decisão nossa, por mais difícil que pareça. A tarefa de dar socorro ao povo é função primordial do chamado de Deus. Por ela, é que se manifesta o ideal do Senhor Jesus, ao passar pela rude cruz.
Concluo no seguinte pensamento. Somos incapazes de obter tais conclusões sem o auxílio de Deus e, sem o auxílio daqueles que o Senhor conserva a nossa volta. Cumpre-se a palavra do Senhor quando diz: “Os planos mediante os conselhos têm bom êxito; faze a guerra com prudência.” Provérbios 20.18 Batalhas até podem ser vencidas sem Deus, mas guerras não! Que ao invés de batalhas, busquemos vitórias nas guerras. Lembrando sempre, daquele que está a nossa frente, o Senhor dos Exércitos, Senhor tanto das batalhas como das guerras. Pr. Sérgio Gledson

terça-feira, 10 de maio de 2011

Mãe, símbolo de poder e superação.


Sempre que tenho a oportunidade de pregar em datas especiais, como nesta o dia das mães, fico a pensar se o foco da mensagem deva ser para as mães ou para os filhos presentes.
Dou graças a Deus, que temos o auxílio do Espírito Santo na direção e iluminação da Palavra de Deus, tenho como certo que Ele conduzirá de modo eficaz e plena, os corações tanto das Mães bem como de seus Filhos à Palavra de Deus.
Nesta oportunidade, quero compartilhar alguns exemplos bíblicos de mães, que se revelam como sendo símbolo de poder e superação.
Fico extremamente feliz ao saber que para uma pessoa de figura tão especial, numa data tão especial, Deus tem em sua Palavra, uma mensagem especial.
Nas passagens em que aparece a figura de mãe, Deus reserva preciosas lições. Também se observa que as circunstâncias nas quais estão relacionadas, são circunstâncias que exigem poder e superação.
Daí, tentaremos unir estas duas importantes qualidades, poder e superação e relacioná-las a quem melhor pode representá-las, a figura de mãe.
Proposição: Deus tem revelado profundo amor às lutas e desafios que toda mãe tem como parte de sua vida. E a forma de contemplá-las é concedendo em seu favor poder e superação.

O primeiro exemplo está: NO DESEJO DE CONSTITUIR UMA FAMÍLIA, Ana. I Samuel 1.
Deus permitiu que Ana, esposa de Elcana fosse estéril. Uma condição que na época era além HUMILHANTE, para a cultura que valorizava e se firmava no tamanho da família, ou seja, dos filhos do casal, a concessão de constituía uma segunda família.
Humilhada ao ter uma rival, e esta dar ao esposo o que não podia dar, uma família, Ana expõe suas qualidades no desejo de exercer o papel de mãe.

PODER E SUPERAÇÃO EM PERSEVERAR. (v.8)
Ana demonstra perseverança de amor ao seu esposo. Seu amor foi direcionado a Deus pela paciência de receber de Deus este favor. Bem que ela poderia ter agido como Sara, esposa de Abraão, que antecipando ao desejo arranja uma segunda mulher para o marido. Ana age diferente, ele espera no Senhor a solução e resposta ao que tanto queria dar ao esposo.

PODER E SUPERAÇÃO EM ORAR. (v.10)
Uma importante lição que Ana nos oferece para os momentos de crise é que ao invés de brigar, de se revoltar com Deus, esposo ou com a própria vida, ele decidiu recorrer por meio da oração.
Mãe, aqui está um poderoso e excelente caminho a tomarem nos momentos de dificuldade. Orem a Deus!

PODER E SUPERAÇÃO EM SABER SACRIFICAR. (v.11)
Dar aquilo que temos em abundância pode ser fácil. Dar aquilo que temos é difícil. E dar o que ainda não tem? O sacrifício que Ana promete dar a Deus constituía na verdade o seu maior desejo! Ela sabia que receberia e suas palavras foram cheias de fé.

O segundo exemplo: NO DESEJO DE ASSEGURAR AS PROMESSAS DE DEUS. Gênesis 27.1-13
Conduzir um lar não é algo fácil para o casal.
Em lares em que os dois, esposo e esposa estão unidos num só propósito, a coisa às vezes já não é tão fácil. Imagine quando o esposo, peça chave na direção do lar, decide desandar? Aí é que a coisa se torna ainda mais difícil.
Manter a família nas promessas do Senhor constitui um dos maiores desafios para uma mãe, fiel a Deus e que ama seu lar. Mesmo estando sozinha.

ARISCANDO-SE POR AMAR AS PROMESSAS DE DEUS. Gênesis 25.21-23
Deus havia predito como as promessas a este lar seriam confirmadas. Com o passar do tempo e das circunstâncias Isaque, esquece do que Deus havia dito e, promete a Isaú, algo que Deus não o daria.
Rebeca se vê então desafiada a contornar rapidamente aquele equívoco que não só comprometeria a sua família, mas o que Deus tinha reservado a mesma.
Não entraremos se o modo como agiu foi ou não o correto, mas, o que queremos ressaltar é que ao invés do marido, ela amou e quis seguir as promessas de Deus.
Mãe, Deus tem promessas para a sua família, filhos, esposo e você. Procure conhecê-las e aplicá-las em sua vida e família. E certamente Deus a honrará!

CRENDO QUE O SENHOR RESTARARIA SEU LAR MESMO DIANTE DE UMA DIVISÃO. Gênesis 27.42-45
Rebeca sabia que sua atitude dividiria sua casa. Esaú era um filho rebelde e sanguinário. Não deixaria por menos ser passado para traz por seu irmão Jacó. Mesmo diante dessa dure realidade, ela escolhera por uma separação ao invés da perda de um de seus filhos.
Deus certamente visitou o coração daquela mãe, contemplou a sua fidelidade e dor. Deus sabe as dimensões da dor de uma mãe e por elas, provê pronto socorro. O fim dessa história reserva que o Senhor restaurou aquele lar, uniu aqueles irmãos e fez cumprir suas promessas.

INSISTINDO MESMO QUE SEJA O ÚLTIMO MOMENTO. I Reis 1.5,11-17; II Samuel 12.24 “O Senhor o amou”. I Crônicas 22.9
A história é a da sucessão do trono de Davi. Deus revelara a Davi que já tinha escolhido o seu herdeiro. Salomão. Todavia, nos deparamos com mais um caso de um pai esquecendo das palavras do Senhor e permitindo que outro de seus filhos tome o trono. Bate-Seba, seguida pelo sacerdote Natã, procura reparar este grande equívoco em sua família e reino. Ariscando-se mesmo que no último momento, e na última chance. Vai até Davi e relembra-o da promessa de Deus. O Senhor concede que os fatos se convertam em seu favor e impede que Davi conceda a Adonias, por sua beleza e sagacidade o trono que era de seu irmão Absalão.

O terceiro exemplo: NA TAREFA DE INCULCAR A PALAVRA DO SENHOR NO CORAÇÃO DE SEU FILHO.
Sabemos pela Palavra de Deus que a RESPONSABILIDADE ou TAREFA de transmitir o ensino da Palavra aos filhos é dos pais. Mas, isso não é uma realidade em muitos lares, e, em tais casos, o ensino é na verdade transmitido pela figura da mãe. Que presente no lar bem mais que o esposo, usa de seu tempo e influência a serviço e encardo de ensinar seus filhos nos caminhos do Senhor.

PROVENDO MELHOR FUTURO. II Timóteo 1.4-5
Provérbios 23.13 Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá.
Eunice é um exemplo de dedicação ao ensino da palavra.
Certamente que sendo o pai de Timóteo um homem grego, pouco interesse ou cuidado demonstrava para com este importante preceito. Eunice não se deixou levar pelas circunstâncias ora desfavoráveis e impôs ao coração de seu filho as Sagradas letras.

TRISTE RELATO DE FIM: Dias atrás, tivemos vários casos narrados por noticiários, dando conta de mães abandonando seus filhos em calçadas, latas de lixo e hospitais. Nesse caso, o abandono não é só de uma criança, mas, de seu futuro e do pode de influência que bem poderia ter sobre os mesmos.

Se mãe, que é símbolo de poder e superação tem desistido, então, não há muito, o que esperar do amanhã.

O quarto exemplo: NO DESEJO DE CONDUZIR O SEU LAR EM VITÓRIAS, Provérbios 31.
A lida do lar não é tarefa fácil. Muito menos poderá ser remunerada, dado a sua importância e por quem a executa.
Francamente falando: a que horas terminam as tarefas de um lar?
Ou mesmo, a que horas começam?

EMPREGANDO PARTE DO SEU SONO. (v.15)
São inúmeras as horas de sono perdidas por uma mãe. Certamente se fossemos somá-las, já daria por uma boa jornada de trabalho. Às vezes pouco se lembra ou se sabe disso. Mas, não tenha dúvida que não só dos momentos, mas das causas elas sabem!

SENDO EMPREENDEDORA DO LAR. (vv.16,21)
Quantos recursos as mães dispõem? Poucos! Às vezes nenhum! Mas isso não é usado como desculpa para que se antecipem as calamidades e promovam pronto sustento aos filhos e marido. Mães sabem fazer milagres! Sabem dividir o pouco e até fazer aparecer do “nada”. Nós, filhos, podemos lembrar, de momentos assim. E guardar em nossos corações bom exemplo que nos deram.

HONRANDO AO ESPOSO (Pai). (vv. 23,25)
Conciliar força e superação sem perder a tarefa de conceder honrar o pai de seus filhos, é algo simplesmente extraordinário. Algo que nem sempre sabemos ser possível, mas, desafio para as mães em todo o momento.
Acredito que por isso é que foram reservadas tais vantagens as mães. Por sua lida diária e árdua, muitas vezes nem valorizadas, elas carregam a dignidade.

Conclusão: Que neste dia, você FILHO reconheça o grande valor concedido por Deus ao ter te dado uma mãe.
E você mãe, que neste dia também especial, pois é dedicado a você, que saiba o quando Deus ressalta por Sua palavra a sua singularidade, o seu valor e o seu exemplo.

Uma homenagem a minha mãe, Risalva Leite Alves. Um exemplo pessoal de de luta, coragem e princípios. Um exemplo de mãe! Pr. Sérgio Gledson leite.