segunda-feira, 23 de maio de 2011

ADVERSIDADE, período que Deus permite que recebamos ajuda.


Certo garotinho brincava no quintal de sua casa, quando inventou de remover uma enorme pedra, bem maior às suas próprias forças. Empurrou-a com as mãos, com os pés, com as mãos e os pés, com o corpo, costas, e a pedra simplesmente não se movia. De longe, seu pai que a observava disse: “Você ainda não usou todos os recursos, filho”. “Usei, sim, papai”, respondeu o pequeno já quase chorando. “Não você ainda não pediu a minha ajuda”.
O que parece engraçado, bem representa o modo como algumas vezes agimos na vida e diante dos obstáculos que surgem. Empenhamos uma força descomunal e brutal, empregamos nossas emoções e ainda assim, não conseguimos removê-las. O que então está faltando ou deixamos de fazer? Talvez, apenas não deixamos espaço para receber ajuda.
ADVERSIDADE, período em que temos para receber ajuda.
Algo que podemos ter como certo a quase toda adversidade é que sempre surgem de onde menos esperamos; revelando-se superiores as nossas forças ou capacidade.
Mas, nem tudo é de todo um mal. Através das adversidades, podemos conhecer algo novo acerca de nós; é possível conhecer algo da própria adversidade; conhecer mais acerca de Deus e, conhecer entre os que conhecemos novos amigos.
Samuel Tylor, certa vez disse: amigos são como árvores! Tanto na chuva como no sol, nos abrigarmos neles. Algo que certamente, o rei Davi experimentou em uma de suas maiores adversidades de vida.
No que acredito ter sido o mais duro dos “golpes” já sofridos pelo rei Davi, em que em levante de ordem familiar e militar, seu próprio filho, Absalão, tenta não só destroná-lo, como tirar sua própria vida. II Samuel 15.1-6 Deus tinha nas mãos o inacreditável, algo que Absalão nem o próprio rei Davi podiam esperar. Dava-se de uma maravilhosa revelação que mudaria as próximas horas, dias e o próprio futuro de ambos. Nada menos que homens fiéis e tementes a Deus, homens dispostos, a servir e a darem se necessário fosse, a própria vida. Por tais homens, Deus revelaria o que em Sua Palavra é exposto como alvo para todos os seus servos.
Note na expressão “depois disto” algo bem mais comum para nós, do que foi para o próprio Davi. O surgimento de sucessivas derrotas e acúmulo de problemas. A provável sensação que Davi sentira neste momento de sua vida, seja a que bem conhecemos, a que tudo escolheu vir de uma vez só, de um só tempo.

Mas a reação tomada por Davi difere certamente a de muitos de nós. Que ao invés de um revide, uma revanche ou lição, ele decide por não PROCURAR O CONFRONTO DIRETO.
Davi soube distinguir bem pessoas de situações. Em que nem todo mundo é igual, nem toda circunstância a mesma. Saber diferenciar o que dizemos ser o óbvio, nem sempre é fácil. Principalmente quando em meio às adversidades. A razão se dá porque as ADVERSIDADES tendem a fazer com que PERCAMOS O QUE É MAIS IMPORTANTE. (vv.13-14)
Não entenda a atitude de Davi como ato de covardia, não! Ele continuava sendo o mesmo Davi, só que agora, refletindo com mais serenidade. Não sair representaria perdas ainda maiores.
Outra razão é que as ADVERSIDADES tendem a fazer com que não nos PROGRAMEMOS PARA O DIA DE UM AMANHÃ.
A atitude de Davi foi por provisão ao dia de amanhã. Ele contava com as misericórdias de Deus, sobre si e sobre os seus. Algo esquecido por Absalão.
Por fim, que digo ser o pior de tudo, é que as ADVERSIDADES tendem a fazer com que ESQUEÇEMOS DE DEUS.
Teria Deus abandonado a Davi? Não estaria vendo tudo quanto seu servo passara? Não teria nada a dizer?
É sempre um grave e doloroso erro de nossa parte, traduzir o momentâneo silêncio de Deus como abandono. O Senhor é um justo legislador, tendo sempre a ultima palavra consigo. Deus não pode ser submergido pelas adversidades da vida nem tão pouco as que criamos.

Mas a reação de Davi foi fundamental para que o tempo fornecesse a oportunidade de ver pelas graciosas mãos do Senhor QUEM ERAM OS SERVOS DE DEUS E COMO SE MOSTRARIAM. (v.15) “Então, os servos do rei disseram ao rei: Eis aqui os teus servos, para tudo quanto determinar o rei, nosso senhor.”
Devemos entender estes servos, bem mais que propriamente servos do rei Davi não de Absalão. À primeira vista, até que assim parece. Todavia, não esqueçamos eram servos concedidos por Deus e tinham a sua devoção primária a Deus. .

Davi teria a revelação do MODO como os AMIGOS se apresentam. Provérbios 17.17 “Em todo o tempo ama o amigo; e na angústia nasce o irmão”. Salmos 32.7 “Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento.”
Eram amigos de confiança. (v.18)
E todos os seus servos iam a seu lado, como também todos os quereteus e todos os peleteus; e todos os geteus, seiscentos homens que vieram de Gate a pé, caminhavam diante do rei. RC
Todos os seus homens passaram ao pé dele; também toda a guarda real e todos os geteus, seiscentos homens que o seguiram de Gate, passaram adiante do rei. RA

Para concluirmos, temos alguns nomes que fizeram de um momento de ADVERSIDADE, a oportunidade de revelar a abençoadora ação de Deus sobre os seus quando em momentos de crise nos dá grandes amigos.
Itai, era recém chegado, mas de uma fidelidade madura como que de muitos anos. (v19). Itai é um amigo crente. (v21); Zadoque e Abiatar mostram-se como amigos que cuidam dos nossos bens, o que para nós é valioso também. (vv.25-27)
Husai, um amigo mais chegado. (v.37) Um amigo de dor e de alma. (vv.30-32)
Sobi, Maquie e Barzilai. Estes três revelam que na impossibilidade de agir sozinho, com poucas forças e recursos, o segredo é somar a outros assim como nós. Eles juntos, puderam socorrer a medida da necessidade. Homens de histórias interessantes! Sobi teve seu povo outrora dizimado por Davi. Ele é o tipo pessoa que mostra que um amigo não guarda ressentimentos. Maquir, o filho de Ló-Dabar, foi quem hospedou a pedido de Davi, o da casa de Saul, Mefibozete. Já Barzilai, este bem poderia justificar na sua avançada idade, a desculpa de não entrar naquela empreitada. Ele tinha por cerca de 80 anos de idade. Mas, aqui encontramos a certeza que a boa amizade, quanto mais experiente e madura, melhor será.
Certamente falta tempo para destacar o general Joabe. Amigo de ombro e de espada, um amigo para as horas difíceis. (19.1-2) Joabe serve de exemplo que ser amigo é saber falar ao coração.
Certamente que estes homens tinham suas falhas, suas imperfeições e diferenças também. Mas, o que desejamos destacar é que no momento de ADVERSIDADE, eles souberam assumir o lugar do próximo, deixando assim Deus usá-los como bem queria.
O Senhor reservou em cada amigo de Davi, meios de Davi se sentir guiado por Deus. Lembrado que eram homens primeiramente fiéis a Deus e verdadeiros exemplos para nós.
Estes homens souberam sair do anonimato e da adversidade, porque é dessa forma que surgem os verdadeiros amigos. Davi também soube valorizá-los e usá-los de modo a que juntos, dependessem de Deus.
Quero que juntos pensemos no mais provável. E se diante de todo esse investimento e empenho, Davi simplesmente não se mostrasse aberto a receber ajuda? Que fim você imagina que teria? Certamente o fim que Deus nos reservou contava com a aceitação por parte de Davi, a mesma aceitação que devemos ter para com Deus. Permitamos que Ele nos dirija em triunfo. Permita que em meio a adversidade, você receba ajuda.

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