quinta-feira, 16 de junho de 2011

Jesus, firme fundamento para a esperança.




Costuma-se dizer, que existem pelo menos dois elementos comuns e responsáveis pela desesperança dos homens; a esperança em excesso, que o põe numa esperar além da realidade e do que precisa; e a própria falta ao mínimo que tanto espera.

Ilustramos esse quadro, com milhares de pessoas que ainda madrugada, trocam seu precioso sono, pela difícil disputa de fichas nas portas dos Postos de Saúde, em peregrinação a uma consulta médica. Ao recebê-la, os corações se enchem de irradiante esperança e calma! Para poucas horas depois, como de costume é, serem informadas que por algum motivo banal, não serão mais atendidas. O esvaziamento da esperança contida nos corações é imediato! Deixando novamente um vazio, agora mesclado de decepção e dor.
Dessa forma, passamos a ver que o problema em torno da esperança, nem tanto é se ela existe; haja vista que ninguém vive sem ter uma esperança; mas no que ela está sendo firmada, no que comumente a empregamos.

Considere o que diz o apóstolo Paulo: Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. I Coríntios 15.19

Firmando como base, a pessoa do Senhor Jesus, como firme fundamento de nossa esperança, destacamos algumas razões que a Palavra de Deus, oferece no sentido que em Cristo, nenhuma esperança será frustrada.

I João 2.27-29

Boa parte das frustrações que temos na vida, se dá por aquilo que decidimos acreditar. Nem tudo que se acredita e deposita parte dos esforços, constitui como sendo algo verdadeiro. Ao escrever às igrejas da Ásia Menor, João alerta seus leitores a tomarem muito cuidado no que estavam ouvindo e de quem ouviam; pois, muitos falsos cristos estavam rodeando a Igreja. Não por menos, o Gnosticismo se infiltrava muito rapidamente, nas conversas e debates daquela sociedade. O objetivo tanto dos falsos cristos, como do gnosticismo era um só; remover a esperança que ora tinham os crentes, depositado em Jesus Cristo.

Como estabelecer a nossa esperança em Jesus, como firme fundamento?

Em primeiro lugar: LEMBRE DA UNÇÃO RECEBIDA. “a unção que dele recebeste”. (v.27)

Ao invés de estabelecer qualquer linha ideológica, filosófica e até mesmo espiritualista como o gnosticismo apregoava, João apresenta como prova, um aditivo que só o crente possuía, esse aditivo era a pessoa do Espírito Santo.

A) UNÇÃO INVARIÁVEL (Porto Seguro).
Mas o que nos confirma convosco em Cristo e o que nos ungiu é Deus, o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações. II Coríntios 1.21-22

Toda a nossa garantia, tanto a de promessa como a de cumprimento é dada por Deus!
É invariável, porque concede ao crente o discernimento necessário para tomar decisão entre a verdade e a mentira.

É invariável porque o Espírito Santo é Deus. Atos 5.3-4

B) UNÇÃO DISCIPULADORA. (Pedagogo)
Em substituição a Lei, que servia para nós como Aio para levar-nos a Cristo, uma vez encontrando-o e aceitando-o, temos agora o constante auxílio do Espírito Santo, ensinando passo a passo, as coisas concernentes a Deus e a Sua vontade.

E não ensinará alguém mais a seu próximo, nem alguém, a seu irmão, dizendo: Conhecei ao SENHOR; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior, diz o SENHOR; porque perdoarei a sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados. Jeremias 31.34

Porque na mesma hora vos ensinará o Espírito Santo o que vos convenha falar. Lucas 12.12

Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. João 14.26

C) UNÇÃO QUE SARA.(Balsamo)
Ao usar o termo “unção”, João discorre, nos muitos benefícios que o Espírito Santo, exerce sobre o crente. Entre eles, o de sarar, tornar puro. Os judeus sabiam bem disso, pois lhes era algo bastante claro. A unção [como preparo], equivale aos remédios de manipulação de hoje. Contendo ervas aromáticas e medicinais, o resultado sobre o que era ungido era imediato! Um alívio abençoador, acompanhado por um frescor que ia até a alma aflita e angustiosa. Pois, Deus agia sobrenatural e soberanamente para trná-lo único!

A presença do Espírito Santo em nós é abençoadora, porque nos dá grande esperança.

É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Salmos 133.2

Recorrer ao Espírito Santo pela oração, nos momentos de angústia e tristezas, resultará em ser por Ele assistido.

Alternativas podem surgir no sentido de suprir necessidades físicas e emocionais, mas espirituais e morais, só com o Espírito de Deus.

Jesus, firme fundamento é, porque nos deu sua unção.

Em segundo lugar: LEMBRE DO RESGATE QUE OFERECE (v.28 “Filhinhos, agora, pois, permanecei nele...”)
A todo o instante encontramos pessoas tentando nos convencer de algo que julgam ser necessário para nós. Certamente que não podemos rejeitar a tudo, nem a todos!
Todavia, nos quesitos de fé e salvação, bem pouco merece atenção; isso também se aplica a prováveis pessoas a nossa volta.

Somado ao que creio já ser a direção do Espírito Santo, avalie quem merece receber a tua esperança pelo que em seu favor fez. As palavras podem soar doces, mas a intenção esta é a que vale!

Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Romanos 5.7-8

Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece. João 15.19

Em meio ao sofrimento alheio, nada tem se mostrado tão eficaz, do que a experiência de já tê-lo vivenciado como parte da vida.

(v.28 “Permanecei nele...”) Por quê?

Certamente, pelo que em sua vida providenciou resgate por nós.

A) RESGATOU A NOSSA DOR E O NOSSO SORIMENTO.
Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Hebreus 2.17

Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Hebreus 4.15

B) RESGATOU A SOLIDÃO MANTENDO-SE FIEL.
Toda prova de fidelidade, se dá na pessoa ter de passar pelo que não lhe seja necessário. Jesus não precisava passar em nosso lugar pelo que passou. Isto fez, por amor e por ser fiel. Também assim fez, para nos dizer que em nenhum outro momento, iria nos abandonar.

Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Hebreus 13.5

Não pode ser sensato o abandono de quem nunca nos abandonou. Permanecer com Cristo é depositar nossa esperança naquele que entre outras coisas se manterá fiel.

Jesus firme fundamento é, porque providenciou resgate para o pior em nossa vida.

Em último lugar: LEMBRE DO QUE PROPICIA. (v.29 “Se sabeis que ele é justo, reconhecei...)

Uma verdade que jamais pode ser esquecida. Somos em Cristo Jesus, nova criatura! Não estamos mais sujeitos a agir por conta própria, tão pouco para a nossa própria ruína. Como era a Lei de Talião “olho por olho, dente por dente”, antigo Código de Hamurabi.

A) VIVA CONFORME A SUA JUSTIÇA.
Ao invés de impetrar justiça própria, ao invés de revidar a medida do mal que injustamente recebeu, lembre-se que agora; você vive através da justiça de Jesus. Lembre que o nosso senso de justiça de nada vale perante ele. Isaías 64.6; Tiago 1.19-20

Quando praticamos a justiça outorgada por Jesus, podemos ter esperança.

B) ESPERE POR SUA JUSTIÇA.
Após ter assegurado a volta de Jesus, João chega enfim no momento de desafiar os crentes a permanecerem firmes!
Chegará em breve o dia em que o Senhor trará a luz, todas as coisas. Ele tem reunido cada coisa, para esse momento.

Tu estás perto, SENHOR, e todos os teus mandamentos são verdade. Quanto às tuas prescrições, há muito sei que as estabeleceste para sempre. Atenta para a minha aflição e livra-me, pois não me esqueço da tua lei. Defende a minha causa e liberta-me; vivifica-me, segundo a tua promessa. A salvação está longe dos ímpios, pois não procuram os teus decretos. Muitas, SENHOR, são as tuas misericórdias; vivifica-me, segundo os teus juízos. Salmo 119.151-156

Chegamos ao fim deste sermão, tendo uma certeza. Conforme vemos, o conceito de esperança deve perdurar por toda a vida; bem mais que a momentos apenas. Deve ser algo que propicia um caráter firme e que se fortalece a cada experiência da vida. Não pode favorecer o medo ou o engano. A verdadeira esperança não é efêmera. Não pode morrer por pouco, mas, sustenta na própria morte se necessário for. A esperança verdadeira, só pode ser desenvolvida se primeiramente, encontrada em Jesus Cristo.

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