sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Os Perigos Traiçoeiros da Música.




Dias atrás, fui com minha família a uma praia de Maceió. Algo que não se pode impedir em lugares assim, é o que lá ouvimos. E não foi diferente. Mas, de repente entre os repertórios ouvidos em uma das barracas da práia, foi o estrondeante batuque de um grupo de pagode, que até então, sem nenhuma surpresa. Desde que não se falasse tanto em Deus! Tratava-se da música de grande sucesso “Como Zaqueu” do cantor, Regis Danese.
Fiquei sozinho a indagar no que de diferente existia na música em especial. A mesma ganhou rápido sucesso e até passou ser adimitida como “consolação” nas mesas de bar e de se tornar “objeto” de grande apreciação de quem nada tem haver com grupos evangélicos ou igrejas denominadas cristãs.
A verdade é que o sucesso da música era semelhante aos de outros grupos de pagode. A música tinha sido ataptada pelo cantor ao mesmo estilo musical. E, creio que parte do mal estava aqui, mas não se tratava de todo o mal. A verdade é que muitos dos cantores e cantoras denominados “evangélicos”, são, e se tornam na verdade, verdadeiros “ídolos” na vida de muitos de nossos amados irmãos. Fica as vezes até difícil para nós, íderes, apresentar uma posição quanto ao que ouvem. E não receio dizer que para alguns, até perdemos um pouco se sua amisade. Gostaria que apenas refletissemos um pouco sobre a música e o que percebo ser como postulado acima, de traiçoeiro quando a cantamos. Vejamos alguns pontos que destaquei:
1º A música vem no caráter de um rogo ou oração e ao mesmo tempo em forma de cânto. Algo muito comum nos salmos, mas que interpretada de modo um tanto esquisito aos mesmos. Pois, baseia-se num texto que não é de natureza semelhante aos dos salmos e que não tem nada a ver com rogo ou súplica.
2º A música ao que parece, evoca em todo o momento o desejo do compositor de ser semelhante ao personagem histórico chamado Zaqueu. Pois bem, sua experiência com Jesus de Nazaré se passa em uma das narrativas dos evangélhos, mais especificamente o evangelho de Lucas 19.1-10.
3º O problema da música em si, é ao que parece bem mais comprometedor que no âmbito de uma associação a grupos e estilos mundanos e consequentemente impróprios a verdadeira adoração a Deus. O que na verdade percebo, são claras e inesplicáveis distorções de fatos bíblicos e de implicações diretas ao modo de conversão do pecador a Jesus Cristo, como seu único Salvador. No entanto, é salutar ressaltar que a forma de alcançar a verdadeira essência, isto é, a salvação, é semelhante a todos os homens e esta, está sendo apresentada de modo diferente na música!
Sabemos que Zaqueu era um pecador, um mero espectador em meio a uma grande multidão que seguia Jesus e fazia de tudo para vê e aproximar-se ao máximo da pessoa de Jesus, que naquelas alturas estava sendo “afamado” em seu glorioso ministério. A motivação de Zaqueu porém, ao que parece não era de um suplicante como sugere a música. Tanto assim é, que ele se surpreende com a indagação de Jesus quando o vê na figueira e diz ser desejo seu ir a sua casa. Zaqueu busca a Jesus como apenas interessado a vê-lo.
3.1 Em outro trecho da música encontramos “Como Zaqueu quero subir”. É isso mesmo que queremos? Zaqueu subiu como pecador sem Cristo, o crente não pode cantar algo assim, pelo simples fato de já o ter em sua vida. Sua vida agora é de novidade e não de velhas e passadas coisas. II Coríntios 5.17
3.2 Ele não subiu na figueira por desejo e sim de ser e reconhecer-se como um adorador, e sim, por simples curiosidade. É imcorreto revelar ser aquele, o desejo de vê a Jesus. (vv.1-3) Ao que parece, a música evoca comunhão enquanto a passagem é de salvação. Pode parecer algo simples, mas as implicações são profundas e espirituais e ao mesmo tempo imcompatíveis.
3.3 Se a verdadeira adoração é exemplificada pela atitude de Zaqueu, fica-se a pensar na possibilidade de um descrente poder louvar a Deus sem a necessidade de restauração espiritual, necessária ao carárer de adoração. João 4.23s A imcompatilidade de busca é clara e contudente.
3.4 Algo diferente do encontro de Zaqueu como narrado na música, é que Zaqueu não clama, não chama a atenção e não precisava, pois Jesus é quem o avista. Mesmo considerando a idéia de chamar a atenção, vemos que a forma dele teria sido outra, conforme vemos em Lucas 18.38. Ou seja, quem chama a atenção do outro? Creio que foi Jesus quem chamou a atenção de Zaqueu para si e não o contrário, daí o efeito transformador da passagem em especial.
3.5 Se queremos de fato seguir o exemplo de Zaqueu, somente poderá ser após o chamado de Jesus, quando diz depressa speudw ‘speudo’ a palavra expressa o sentido de ansiosamente em atender a Jesus. É facultado daí a Zaqueu a presença de Jesus, por estar pronto a atender ao que lhe pede. Jamais poderíamos imaginar uma atitude louvável como sugere a música, numa atitude antecedente ao convite de Jesus. É preciso recordar que ao subir, Zaqueu era severo praticante de atos ilícitos e acima de tudo, possuidor de um coração soberbo, conforme Provérbios 16.18. Zaqueu se via pequeno não em espírito como sujere a música, mas, em estatura como de fato o texto o expõe.
Após ser agraciado com o olhar amoroso de Jesus e de o tê-lo como convidado especial em sua casa, e, ouvindo as murmurações de religiosos contra Jesus, é que só então, reconhece a sua pequenez de espírito, vindo a confessá-lo como Senhor de sua vida e a restituir a quem havia roubado (vv.7-8).
3.6 Vivemos num contexto acentuado de pessoas fazendo a todo instante pedidos e mais pedidos, e, das mesmas pessoas não se vê o essêncial para que sejam atendidas por Deus, isto é, uma entrega sincera, voluntária e submissa a Jesus Cristo, como Zaqueu o fez. Creio que o rogo deve ser mais que de um milagre de cura de feridas. Creio ser necessário um milagre espiritual, de novo nascimento, conforme Jesus diz a Nicodemos em João 3.5. Só assim, é que Jesus mexe com a estrutura do homem. Doutra forma não o faz, pois Ele já a conhece, Ele a criou. Salmo 139.13-16
Gostaria de concluir minhas poucas considerações, lembrando-os de algo semelhante ocorrido no passado. Reordo-me da famosa música de título: “We Are The World, - Michael Jackson Lionel Richie Cindy Lauper Steve Wonder Bruce Springsteen...” Em certo trecho da música, há o seguinte: “Como Deus nos mostrou transformando pedras em pão” O traiçoeiro dessa música é semelhante a que discorremos a pouco. Quando diz que além de todos serem da família de Deus, há também a clara distorção de um fato histórico envolvendo novamente o Senhor Jesus. Em nenhum momento nas Escrituras! Deus mostrou ser possível transformar pedras em pães, mas, Satanás sim! Mateus 4.3 E pelo que sabemos, Satanás não é Deus!
O sucesso da música na época não poderia ter sido outro da que está em nosso foco, foi tremendo! Só que com grande prejuízo a vida espiritual de quem as cantava. Jesus afirmou: “conhecerei a verdade e a verdade, vos libertará” João 8.32. Liberdade começa com a proclamação da verdade bíblica e esta, sem distorções por quem as divulda ou canta. Creio ser de fundamental importancia sermos mais criteriosos no que ouvimos, porque não dizer, mais cuidadosos no que cantamos também. Mesmo que se tratando de músicas de teor evangélico ou como se costuma chamar, Gospel. Estas principalmente, pois são mais fáceis de entrar nos lares, igrejas e vidas, causando estragos ou edificação de vidas, como realmente acreditamos ser o propósito e desejo de quem as ouve. Portanto, avalie a letra e recusa envolver-se emocionalmente com o que encontra de clara ditorção das Sagradas Escrituras. Que Deus nos abençôe! Pr. Sérgio Gledson

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