OPORTUNIDADE, algo que não se pode perder.

Certamente você irá concordar que entre as poucas coisas existentes na vida capaz de transformar um indivíduo, grupo ou nação, isto se chama OPORTUNIDADE.
Considerando alguns dos conceitos que o mundo atribui às oportunidades, podemos encontrar diferentes aspectos ou formas delas se revelarem. Ex.: Uma nova chance; uma dádiva “presente”; um privilégio; um favor; um bem etc. Dificilmente o mundo reconheceria uma oportunidade como sendo algo diretamente ligado a pessoa de Deus.
Outro aspecto que envolve a oportunidade como parte integrante da vida é que nela encontramos um poder de relação. Ex.: A oportunidade pode estar sendo oferecida; pode ser por um tempo longo ou curto, depende de quem a oferece; pode não ser dada novamente ou inúmeras vezes repetidas!

Quando olhamos as oportunidades que temos a luz da Palavra de Deus, algo diferente pode ser dito. Sim, o povo de Deus deve encarar as oportunidades com bem mais profundidade e seriedade, do modo como muitos no mundo a vêem e a tratam. Ex.: Oportunidade pode perfeitamente expressar a Graça de Deus; pomos encará-las como sendo, não um favor merecido, mas um ato da Misericórdia de Deus, que não pode ser em momento algum desprezada. As oportunidades são sem dúvida alguma o Agir de Deus em nossa vida.

Encarar as oportunidades a luz do que Deus em sua Palavra nos mostra é certamente bem mais proveitoso para a nossa vida. Daí, creio ser oportuno perguntar:

(1)Como você tem encarado as oportunidades em tua vida?

(2)Como você trata as oportunidades que Deus de concede?

Gênesis 25.24-28

O trecho lido pode parecer que nada tenha a ver com oportunidade. A história dessa família, bem que pode ser comparada ao contexto de muitos lares em nossos dias. Com uma diferença que gostaria de destacar aqui. As oportunidades oferecidas por Deus a cada membro desse lar:
· Isaque, o segundo patriarca da promessa, estava já avançado de dias (idoso). Contudo, Deus reservava a este patriarca uma oportunidade antes anunciada e que, até o momento nem ele, nem a vida, nem o mundo com todos os recursos de seu tempo tinha proporcionado, isto é, a oportunidade de ser pai.
· Rebeca carregava em seu corpo o que acredito ser o entrave para a mais desejada e sonhada oportunidade que uma mulher deseja como parte de sua vida. Rebeca era estéril. E, algo assim naqueles tempos era a certeza que pelo menos dessa oportunidade fui privada.

Ao casal, de uma só vez! Deus abre as portas dos céus e derrama sobre eles não só uma oportunidade, mas inúmeras ao mesmo tempo.
a) Eles seriam pais;
b) Deles se constituiriam dois povos;
c) Por eles o plano de redenção é mantido;
d) Eles teriam dois filhos (homens) líderes e príncipes dentre o povo de Deus.

Certamente que a leitura reserva outras oportunidades aqui não mencionadas propositalmente. Uma coisa você pode ter certeza: as oportunidades quando dirigidas diretamente de Deus, são grandes bênçãos.

Olhando para o seio dessa família abençoada, chamo a sua atenção em especial para a atitude e modo de vida de um dos filhos de Isaque e Rebeca. O filho é Esaú.

Por que escolho Esaú? Por crer que Esaú, tipifica o comportamento de muitos, em face das oportunidades que imerecidamente Deus concede, por meio de sua Graça e Misericórdias e, ainda assim, se mostram indiferentes pelo desprezo que as tratam.

Em primeiro lugar destaco O QUANTO ESAU JÁ NASCERA ABENÇOADO.
Esaú foi o primeiro filho que abriu a formação do povo HEBREU. Mesmo considerando os detalhes preditos por Deus em promessa, Esaú tinha bem mais condições de desenvolver coisas boas em sua vida, do que coisas ruins.

NASCEU COM PROMESSAS JÁ ‘GARANTIDAS’. (v.23a)
Sabemos que nem toda promessa que fazemos ou que recebemos são cumpridas, não é verdade? No caso de Esaú, a promessa que tinha como segura em sua vida, tinha sido dada por Deus! E isso por si, já deveria ter grande impacto em sua vida.
· Ele seria um grande PATRIARCA. Pai de uma nação.
· Um líder valoroso diante de seu povo;
· Um príncipe.
NASCEU NUM LAR DE PAIS PIEDOSOS.
Naquele tempo, as condições para se educar e conduzir uma família nos caminhos de Deus era algo extremamente difícil, se comparado aos nossos dias por exemplo. Os meios que dispomos o que de aprimorado conhecemos, eles não tinham.
· Revelação era incompleta, oral;
· Tendo em redor povos injustos, tinha a justiça de Deus em sua própria casa.

Esaú não precisava fazer muito, para acertar e ser um vencedor! Bastava colocar em prática aqui que já sabia. Que seus pais certamente o ensinavam.
Esaú recebia de Deus muitas OPORTUNIDADES. Todavia, tudo leva a crer que desde cedo, bem cedo, suas ações eram contrárias e incompatíveis as oportunidades oferecidas.

Receio que uma das formas que Esaú tomou para tratar as OPORTUNIDADES, é que ele as via como sendo de seu DIREITO.

Malaquias 1.2-3RC
“Eu vos amei, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Em que nos amaste? Não foi Esaú irmão de Jacó? — disse o SENHOR; todavia amei a Jacó e aborreci a Esaú; e fiz dos seus montes uma assolação e dei a sua herança aos dragões do deserto.”

PERGUNTA: Deus aborrece alguém por acaso?
Há um ditado popular que devemos dar valor: “Ingratidão – tira a feição”

O que Esaú fez para que Deus o aborrecesse?

Em segundo lugar destaco que: ESAÚ AGIA DIANTE DE DEUS COM LEVIANDADE.
Leviandade pode ser vista como o agir sem seriedade. E, isso é algo que observamos existir com muita facilidade. Sem a seriedade devida para as certas coisas na vida, como por exemplo, as oportunidades, nós as desperdiçamos.
Você deve reconhecer que em sua vida, há muito desperdiço. Nem sempre agimos a altura do que pessoas, e, o próprio Deus espera de nós!
É a forma como muitas vezes nos portamos com coisas mínimas, mas que são oportunidades, já que nem todos dispõem do que temos é impressionante! Ex.:
· Desperdiçamos água;
· Desperdiçamos comida;
· Desperdiçamos oportunidades;
· Desperdiçamos bênçãos.

Podemos ver com isso, que o ‘espírito’ de Esaú não está muito distante de nós! É por isso que a Palavra de Deus nos ADMOESTA.

ESAÚ NÃO ACHOU GRAÇA EM VIVER PARA DEUS, MAS PARA OS PRAZERES MUNDANOS SIM.

Seu estilo de vida, suas escolhas e seu perfil comprovam isso.

(1) Um homem de caça;
(2) Um sanguinário;
(3) Um homem desafeiçoadopara com a família e para com Deus.

Certamente que a sua profissão não era de toda ruim. O que chamo a sua atenção é que, as escolhas de Esaú retratam bem o seu comportamento para com as oportunidades oferecidas por Deus.

LIDAVA COM AS BÊNÇÃOS COMO ALGO SECUNDÁRIO.
Para Esaú, Deus não era em nada prioritário. Nem se quer uma passagem é dita como sendo parte do desejo de Esaú agradar a Deus. E isso é algo a não perdermos de vista. (25.32-34)

Quando Esaú abdica da responsabilidade de primogenitura, ele deixa bem claro como via as promessas de Deus. Por isso é que ela as trata com desinteresse – desdém.

ESCOLHEU AFRONTAR A DEUS DIRETAMENTE. (26.34)
Não há inocência de nossa parte quando afrontamos os preceitos de Deus, que são doces, retos e trazem alegria ao nosso coração. Salmo 19.7-10. O que podemos constatar na vida de Esaú, no entanto, é uma profunda amargura para com Deus. E, com base dessa amargura atingir a pessoa de Deus era o mesmo que: atingir o que Deus ama e, atingir as pessoas que Deus ama. No caso, seus pais e irmão.
· Procurou constituir uma nação por sua própria força e vontade
· Ignorou o caminho que seu próprio pai lhe dera como exemplo. Não tomando para si mulher Cananéia.
Zacarias 4.6“Não por força ou por violência, mas pelo meu Espírito...”
Gênesis 24.2-4 – Hebreus 12.16-17

Implicações: Agimos com leviandade quando nossas escolhas ferem as escolhas de Deus.
Agimos com leviandade quando tratamos as oportunidades que Deus nos oferece, como algo comum e capaz de adquirirmos sem Deus.

Como disse logo no início, as OPORTUNIDADES assumem características alheias a nossa vontade. Ex.: podem não ter todo o tempo que pensamos que tenham.

Em terceiro lugar destaco que: ESAÚ DESPERTOU PARA A VIDA, MAS NÃO DESPERTOU PARA DEUS E ISSO FOI PARA ELE ALGO TARDE DEMAIS.
Certamente que não faço menção a decisão de esticarmos um pouco mais num bom sono. Desde que não se torne hábito!
Chamo a sua atenção para algo bem mais prático aos que estão bem acordados, segundo acham, mas que diante das bênçãos e das oportunidades, dormem. Se mostrando assim tardios!

OPORTUNIDADES PASSAM – BENÇÃOS TAMBÉM.
Achar que Deus deve sempre estar a nossa espera, isso é grande presunção de nossa parte. Deus é soberano. Senhor dos céus e da terra. O Senhor da história, da vida e dos tempos.
Quando não o vemos assim, a idéia que temos é que sempre estará nos esperando. Como aconteceu com a parábola das dez virgens.
“E, tardando o esposo, tosquenejaram (cochilaram) todas e adormeceram. Mas, à meia-noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro! Então, todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lâmpadas. E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós; ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. E, depois, chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, senhor, abre-nos a porta! E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir”. Mateus 25.1...

Pouco mais a frente, encontramos Esaú despertando desse ‘sono’ da presunção. Muito embora não estivesse ainda bem consciente do que estava acontecendo em sua vida. Gênesis 27.30-34
· Despertou tarde demais

UM CORAÇÃO MAL AGRADECIDO E REVOLTADO SE ENRIJECE.
O modo como tratamos as oportunidades perdidas, pode ser um indício de como trataremos as próximas oportunidades. Deus deixa isso bem claro quando em Sua Palavra, trata do comportamento de Esaú.
Hebreus 12.17 “Não se achou lugar de arrependimento”.
Esaú diante de seu próprio erro, ao invés de arrepender-se diante do Senhor e rogar-lhe uma nova oportunidade, se voltou contra seu irmão Jacó a fim de atentar contra sua vida.

Implicações: Antes de pedirmos a Deus uma nova oportunidade, é sensato avaliar o estado do nosso coração. Ao invés de querer desesperadamente uma nova oportunidade é prioritário avaliar com nos portamos na que a pouco Deus nos concedeu.

Conclusão: Como você tem encarado as oportunidades da vida?
Como você encara as oportunidades de Deus? Como bênçãos ou direito?

Que Deus nos conceda a devida compreensão mediante as oportunidades diárias que nos oferece. Elas não são do nosso direito, mas, fruto de sua graça em nossas vidas.
Um LEMBRETE:
Lamentações 3.22 “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã.”
I Coríntios 4.7 “Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?”