terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Um Fiel Retrato de Quem Somos!


Acredito que por alguma razão, você já foi confundido ou comparado com uma outra pessoa. Não é difícil sermos confundidos ao andarmos pela rua. A verdade é que carregamos queiramos ou não, traços e características de outras pessoas. E não há quem não carregue pelo menos uma.
Talvez, por isso, que desde cedo somos desafiados a procurar imitar o que é bom, o que é justo, ou, imitar pessoas que carreguem tais virtudes em suas vidas. Desafio que carrega consigo grande responsabilidade e privilégio certamente.
A Bíblia também sugere o mesmo. Não por poucas vezes, aparecem passagens nas quais o propósito é o de imitar. Paulo, o grande apóstolo de contrastes, também se viu imbuído de tal tarefa quando diz: "Sede, meus imitadores..." I Coríntios 11.1
Paulo, até se destaca ao pedir que o imitasse! Em suas cartas às Igrejas, o apóstolo além de outros objetivos, expressa que o imitá-lo também era um dos propósitos do porque de escrever. I Coríntios 4.16; 11.1; Filipenses 3.17; Efésios 5.1 e I Tessalonicenses 1.6. Nestas e outras passagens, descobre-se que Paulo, apenas permite que através dele, do seu modo de vida, de suas palavras e principalmente do modo como servia a Cristo, é que deveriam imitá-lo. Certamente, descobririam que em primazia o imitar é do próprio Cristo.
Jesus Cristo é a matriz para servir a toda boa imitação. É certamente dele que todos devem buscar princípios de vida, modelos a serem seguidos, traços de imitação. Que uma vez compreendidos, tomados como próprios e assumidos com serenidade, eliminam a idéia de estabelecermos a nossa imagem, o nosso exemplo dissociada da imagem de Jesus Cristo.
Todavia, é bom que agora vejamos algo que considero de grande importância. Pois, sempre que a Bíblia se refere a algo perfeito, ela usa como símbolo o número sete. Sete, na Bíblia representa perfeição. Como vemos em diversas passagens e ocasiões aparecer nas Sagradas Escrituras.
Ora, se o número sete é usado como símbolo de perfeição e, se somos desafiados a buscar essa perfeição, a exemplo de Paulo e do próprio Senhor Jesus, pergunto: Por que será que o número dos discípulos ora escolhidos por Jesus, não foi em número de sete? Quando sabemos terem sido doze.
Talvez, uma boa sugestão, seja o fato que nestes doze homens, há um segredo. Não faço referência ao segredo estrelado pelo filme "Doze homens e um segredo" ali exposto. Não se trata do mesmo segredo. Mas, de um segredo que interfere na vida de cada um de nós! Na minha vida e certamente na sua.
Sugiro que pensemos da seguinte forma:
Primeiro:
Jesus, ao escolher um número de doze, quis que por ele soubessemos que as nossas imperfeições ultrapassaram o perfeito proposto por Deus. Ora, como ultrapassar o perfeito? Certamente, porque após abdicarmos do que Deus nos propôs, deixamos de ser perfeitos. Não existe perfeição em nós mesmos! Esta é a tônica da vida. Romanos 6.23; 3.23
Os discípulos não podiam de modo algum, simbolizar a perfeição. Eles nos simbolizam. Em todas as nossas esquisitisses, em nossos mal gostos, em nossos pecados e más escolhas também! Creio que se entre um deles, não acharmos lugar para nós, ou algo que nos identifique aos mesmos, em nada isso nos eleva. Pelo contrário, nos afasta ainda mais de estarmos entre os escolhidos por Jesus. Perfeito só Jesus Cristo, não se deixe enganar por um pensar diferente!
Acredito que alguns de nós, até chegue a acumular mais de uma característica própria a um determinado discípulo. As vezes, isso se torna até possível! Mas, ainda está dentro do propósito da escolha e do número ali representados.
Segundo
Jesus veio para nos fazer conhecer que na abundância do pecado, do nosso pecado, superabundou a Sua graça, seu amor e desejo intenso de nos ter ao seu lado. Romanos 5.20. Uma escolha que desprovida de qualquer mérito dos discípulos, também é desprovida de quaisquer símbolos humanos.
Certafeita ouvi de um senhor o seguinte: "Quanto mais observo as ações humanas, mais admiro as dos animais." Quem diz algo assim, certamente reflete sua descrença da bondade humana, do que de bom o homem pode oferecer a partir de si. Romanos 3.9b-12E, por tais razões se confirma que Jesus conhecia bem os símbolos bíblicos. Ele sabia que um símbolo poderia se tornar um tipo com muita facilidade. Razão que fez com que Jesus, não escolhesse um número de sete discípulos. Não há perfeição humana a ser proposta como exemplo para ser seguida. Mas, em Jesus Cristo, certamente há!
Terceiro
A Bíblia descreve por punho dos próprios discípulos de Jesus, que eles não eram perfeitos. E deste modo se viam. O que achou ser o "melhor" o mais "sábio" e o "diferente" dos demais, caiu em seu próprio precipício, Judas Iscariotes. Lembraça que a própria Bíblia nos faz. I Coríntios 10.12
Eles também nos desafiam reconhecer que se não somos perfeitos, devemos ter cuidado ao exigir de outros além de Cristo tal perfeição. Uma atitude consciênte, amável e sem dúvida alguma, cheia de compaixão. Compaixão que se é difícil de se vê, facilmente a cantamos "Olhai com simpatia os erros de um irmão, e todos ajudá-lo com branda compaixão...".
Por fim;
Ainda temos um importante desafio. Ser exemplo para outros.
Após, tais considerações, apenas salienta aprendermos que o melhor exemplo que repassamos é, o sermos discípulos de Jesus. Imperfeitos sim, contudo, buscando no Mestre a perfeição. Filipenses 3.12-14.
Não somos o alvo, é o que Paulo queria expor em segurança aos seus seguidores. O alvo e a meta de vida que ele seguia, meta que todos que são discípulos de Jesus devem tomar como parte de suas vidas é O alvo de ser como Jesus. Romanos 8.29 "Para serem conforme a imagem de Seu Filho."
Que felicidade! Que maravilha é descobrir que a carreira não finda em nossos fracassos e quedas. Que bênção é viver sob a Graça, de termos um alvo maior que nós. Maior, do melhor que podemos oferecer.
Uma vez que, a escolha dos discípulos de Jesus, reflete com propriedade um fiel retrato de quem somos, é necessário pensar um pouco mais na maneira como vemos os nossos semelhantes. Àqueles que iguais a nós, não estão num estado perfeito. Não chegaram ao fim da carreira, mas, seguem por duras lutas e metas alcançcar este alvo, o nosso alvo, o Senhor Jesus Cristo, o único que é Perfeito.

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